maneirismo

O Maneirismo foi um movimento artístico que floresceu na Europa entre os séculos XVI e XVII. Caracterizou-se por uma poética da exuberância, da complexidade e da artificialidade. O Maneirismo distanciou-se da simplicidade renascentista, optando por mostrar uma arte mais rebuscada e ornamental. O termo “maneirismo” tem origem no italiano, que significa “maneira”, “estilo” ou “modo de fazer”. Este movimento manifestou-se de maneira diferente em cada país europeu em que foi difundido. Na Itália, por exemplo, uma das principais características do Maneirismo foi o exagero de cores, formas e proporções. Na Espanha, predominou a fusão do Renascimento com o Humanismo, resultando numa arte mais didática e moralizante. Na Inglaterra, a arte elisabetana destacou-se pela ênfase na complexidade formal e pela crítica social. No caso de Portugal, o Maneirismo combina o gosto decorativo, com tendências naturalistas e a temática é marcada pela presença de elementos simbólicos e alegóricos. O Maneirismo procurou explorar as várias possibilidades de expressão artística, especialmente nas artes plásticas, literatura e música. A arquitetura, por sua vez, foi marcada por uma preocupação estética na construção de edifícios grandiosos, bem decorados e complexos. Uma das obras mais famosas do Maneirismo em Portugal é o Mosteiro dos Jerónimos, que combina elementos de linguagem manuelina e do classicismo renascentista italiano. De maneira geral, o Maneirismo foi um período da história da arte em que presenciou-se o apogeu do gosto pelo belo, a ornamentação e a exibição da técnica adquirida pelos artistas. Suas obras são símbolos de uma época exuberante e complexa, que deixou um grande legado artístico e cultural para as gerações seguintes.